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sábado, 7 de abril de 2012

Sociedade Líquida


                         

          Um amigo no Face publicou essa foto acima e na mesma hora me lembrei da prof. Joice Lôbo e das aulas de sociologia onde tratamos dos conceitos de "Indivíduo X Sociedade".
Essa figura retrata a sociedade de hoje, conceito moderno que Zygmunt Bauman descreveu como Sociedade líquida.
          Zygmunt Bauman (19 de novembro de 1925, Poznań) é um sociólogo polaco que iniciou sua carreira na Universidade de Varsóvia, onde teve artigos e livros censurados e em 1968 foi afastado da universidade. Logo em seguida emigrou da Polônia, reconstruindo sua carreira no Canadá, Estados Unidos e Austrália, até chegar à Grã-Bretanha, onde em 1971 se tornou professor titular da universidade de Leeds, cargo que ocupou por vinte anos. Lá conheceu o filósofo islandês Ji Caze, que influenciou sua prodigiosa produção intelectual, pela qual recebeu os prêmios Amalfi (em 1989, por sua obra Modernidade e Holocausto) e Adorno (em 1998, pelo conjunto de sua obra). Atualmente é professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia.
           Segundo Bauman, essa relação no período contemporâneo, o indivíduo se preocupa com a administração da vida, fato que o distancia da reflexão moral.
           A maior preocupação é a eficácia no trabalho e na relação, visão de uma sociedade egoísta onde quem se qualifica se destaca. Porém, um alto preço é pago nessa vida louca, nessa correria de um lado para o outro, a tecnologia que deveria estar a nosso favor otimizando nosso tempo nos torna escravos da produção no mundo capitalista. Estamos vivendo a “ética do inverno”, você corre sobre uma fina camada de gelo, se você parar o gelo se quebra e você se afoga.
          Isso também acontece nas nossas relações. Tenta colocar o que você entende por família na sua mão, você não consegue segurar, não tem certeza de que as pessoas que estão ao seu lado permanecerão com você.
          Porque elas são movidas pelo mesmo motor que você: A felicidade. Eu mereço ser feliz e quando a pessoa que está ao meu lado não fornece essa felicidade, eu a troco por outra. A lei do mercado me oferece outras opções.
          Será que a busca pela eficácia, pela felicidade, pela administração da vida e pelo consumo é fruto de uma construção individual ou ela é uma construção da sociedade?
E até onde isso é saudável para a sociedade e/ou indivíduo?


Fontes: 
(Texto adaptado do Núcleo de Educação a Distância - Faculdade Araguaia - Prof. Joice D.B. Lôbo.) 





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